terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A mediocridade é terrível, viver se entregando em doses homeopáticas, metades de carinho, de atenção.
É injusto achar que se deve pensar e agir desta forma, porque sofreu um desamor, uma decepção amorosa, ou amigável, por medo de se entregar com tudo que os sentimentos e relações necessitam para serem inesquecíveis. As novas relações, as novas pessoas, são sempre novas oportunidades de conseguirmos encontrar aquilo que tanto buscamos.
Expectativa sempre teremos, em relação a tudo, a vida por si só é uma expectativa. Não há fuga.
O que não podemos, de jeito nenhum, é exigir que o outro cumpra as nossas expectativas, estabeleça um pacto de união estável com as nossas necessidades e vazios interiores. O outro e muito menos nós, temos essa obrigação. Deveríamos ter dentro de nós, a obrigação de fazermos-nos felizes, de fazer o outro feliz, de aceitar que todos somos imperfeitos, cheios de defeitos... temos de aprender a conviver com as pequenezas, com o ser que o outro é. Somos partes únicas, cada um com suas peculiaridades, gênios terríveis, simpatias, opiniões, gostos, formas distintas de sentar, de beijar, de abraçar, de dizer que ama. Ninguém vai nunca ser para nós tudo que buscamos, encontraremos pessoas que chegam perto, bem perto, que queiram mudar alguns trejeitos, mas totais nunca.
Não exigir que o outro nos ame, amar primeiro. Não exigir que o outro aja como gostaríamos, mas nos transformar em pessoas que mereçam uma mudança de comportamento. Ser quem somos, independentemente de qualquer vento desfavorável.


Lúria Stael

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Das nossas buscas




Sempre existe alguém bem melhor do que nossas expectativas buscam. Só são raras, por isso confundimos com inexistentes. 



Lúria Stael


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Olhares apressados



Perdemos tantas belezas e detalhes na pressa.
Tantas coisas olhamos e olhamos, mas tão poucas enxergamos.
Tão poucas capturamos para dentro de nós.
Quantos olhares, aromas, trejeitos especiais passam por nós desapercebidos
Quantos vozes não ouvimos, abraços e beijos não dados.
Quantos silêncios gritantes não sentidos além do audível comum.
Pessoas vistas e pouco compreendidas.
Situações olhadas, mas não sentidas por serem analisadas tão de longe.
Vazios procurados e cheios expulsos por medo.
Medo do transbordamento que é  fitar e sentir uma alma.
Fugimos do desvelamento do outro, e até de nós mesmos.


Lúria Stael


Do que precisa ir








O que amamos também se vai.
Também entristece. 
O que amamos também voa.
E longe de nós padece.

Às vezes é preciso que se vá. 
Mesmo com a dor latente.
Precisamos permitir a partida.
E tirar a dor da gente. 

Lúria Stael



Insubstituível



... Às vezes pego-me pensando no que deixei para trás, no que não pude ter, no que não me deixei ser, no que deixei ir...
Nas noites mal dormidas, nas palavras interrompidas pelo engasgo do choro, nas lágrimas que guardei, nos sonhos que joguei ao mar, nos versos que publicar não ousei ...
Pego-me a pensar nas dores que permiti me rasgarem, nos sorrisos que me alargaram a face, que explodiram em boa energia, mas não duraram uma noite inteira, nos amigos e amores que desejei ser eternos, mas já não estão em minha vida, naqueles que nada deixaram...  
Às vezes pego-me pensando e pergunto-me por que pensar no que já se passou, no que não posso mais ter, no que se foi. É tão difícil aprendermos que certas coisas e pessoas se vão, partem de nós. 
Ao longo dos pensamentos, percebi que dentre todas essas dores de finais, não há maior que a da perda de outro ser humano, saber que não teremos mais aquele corpo junto ao nosso, aquele abraço, aquele sorriso, beijo, aquele levantar de sobrancelhas, aquelas palavras que sempre nos aliviavam o peito, aquele chamar para o almoço, para assistir a um filme, aquele jeito intenso como nos olhava e principalmente todas as lembranças de desejos por pessoas que  nunca pudemos ter conosco, o calor da pele, o cheiro, o toque...
Cada pessoa que amamos tem algo ímpar, que a faz ser parte da gente e não há nada, nem ninguém que substitua da mesma forma, muito embora nunca tenhamos tocado. 



Lúria Stael




Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 

Coração a mostra! Copyright © 2010 | Designed by: Compartidisimo