segunda-feira, 14 de maio de 2012

Do chegar das vontades






Às vezes chega-me uma vontade imensa de  voltar a ser criança.
Conseguir admirar  a beleza de tudo e todos, mesmo quando não se ostenta tão nítida.
Não ver a maldade escondida e ao mesmo tempo tão a mostra.
Perdoar fácil e esquecer rápido.
Ficar horas em frente ao espelho, admirando cada pequeneza do corpo, sem máscaras, sem maquiagem, sem roupas a cobrir as vergonhas, observando cada mudança, cada nascimento de diferenças, estranhas e tão belas. 
Lembro-me que ficava vez em quando deitada no chão, olhando o telhado, fantasiando estrelas, imaginando o ceu, todo um iluminar por trás daquilo que via, e amava tudo, vontade de  deitar-me no chão novamente, crer que existe algo além daquilo, sem ser chamada de louca, sem olhares me fitando como se eu fosse a pessoa mais estranha do mundo.
Chorar  sem  resistência, sem  importar-me com o nariz a ficar vermelho, acreditar que tudo vai mudar no outro dia, que lágrimas curam e lavam a alma, mas o sorriso impede o provocar delas.
Sentir comigo aqueles amigos de infância, que estavam sempre ali, mesmo quando brigávamos, mesmo quando minha teimosia por algo causava tanta confusão, aquela cumplicidade, união, carinho, e acima de tudo compreensão, nos compreendíamos sempre, apesar das tempereis todas, sinto falta dessa magia, dessa verdade, dessa calmaria e sossego que era viver...


Lúria Stael 









Sobrevivência








O amor não sobrevive à indiferença. 
Não sobrevive na falta de palavras
Ao silêncio desassossegado
Não sobrevive à falta de carinho

O amor precisa ser olhado, tocado
O amor precisa ser perdoado
Descobre-se o amor nas pequenezas intensas
E o destruímos também nessas pequenezas

Nesse olhar de quem pouco vê
No abandono outrora impensado
Nas indelicadezas jogadas 
Que retiram a base que já foi construída

O amor não morre aos poucos, mas rápido
Quando sente-se desvalorizado
O amor necessita precisão
Reciprocidade doada

Necessita olhar caloroso
Companhia, compreensão
O amor fica preso no orgulho 
Que não o deixa respirar

Fica preso no entristecer das causas
Não merecidas de valor
Que devem ser relevadas
O amor não sobrevive à indiferença nos dias que pedem mais amor




Lúria Stael 





segunda-feira, 7 de maio de 2012

Essência







Sinta cada vez mais nítida, e iluminada sua essência.
Podemos dizer que não sabemos quem somos em totalidade, 

pois mudamos a cada  estação, a cada vontade, palavras, gestos, 
a cada reação e ação. Mas nossa essência podemos descrever, ela
fica sempre espalhando perfume por aí...
Está aqui, esperando pra ser sentida, dentro de nós.




Lúria Stael



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