quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Hoje não...


Hoje eu não quero conversas vestidas de uniforme. Diálogos impecavelmente arrumados que não deixam o coração à mostra. As palavras podem sair de casa sem maquiagem. Podem surgir com os cabelos desalinhados, livres de roupas que as apertem, como se tivessem acabado de acordar. Dispensa-se tons acadêmicos, defesas de tese, regras para impressionar o interlocutor. O único requinte deve ser o sentimento. É desnecessário tentar entender qualquer coisa. Tentar solucionar qualquer problema. Buscar salvamento para o quer que seja.

Hoje eu não quero falar sobre o quanto o mundo está doente. Sobre como está difícil a gente viver. Sobre as milhares de coisas que causam câncer. Sobre as previsões de catástrofes que vão dizimar a humanidade. Sobre o quanto o ser humano pode ser também perverso, corrupto, tirano e outras feiúras. Sobre os detalhes das ações violentas noticiadas nos jornais. Não quero o blábláblá encharcado de negatividade que grande parte das vezes não faz outra coisa além de nos encher de mais medo. Não quero falar sobre a hipocrisia que prevalece, sob vários disfarces, em tantos lugares. Hoje, não. Hoje, não dá. Não me interessam o disse-que-disse, os julgamentos, a investigação psicológica da vida alheia, os achismos sobre as motivações que fazem as pessoas agirem assim ou assado, o dedo na ferida.


Hoje eu não quero aquelas conversas contraídas pelo receio de não se ter assunto. A aflição de não se saber o que fazer se ele, de repente, acabar. O esforço de se falar qualquer coisa para que a nossa quietude não seja interpretada como indiferença. Hoje eu não quero aquelas conversas que muitas vezes acontecem somente para preenchermos o tempo. Para tentarmos calar a boca do silêncio. Para fugirmos da ameaça de entrar em contato com um monte de coisas que o nosso coração tem pra dizer. Além do necessário, hoje não quero falar só por falar nem ouvir só por ouvir. Que a fala e a escuta possam ser um encontro. Um passeio que se faz junto. Um tempo em que uma vida se mostra para a outra, com total relaxamento, sem se preocupar se aquilo que é mostrado agrada ou não. Se aumenta ou diminui os índices de audiência.

Hoje, se quiser, se puder, se souber, me fala de você. Da essência vestida com essa roupa de gente com a qual você se apresenta. Fala dos seus amores, tanto faz se estão perto do seu corpo ou somente do seu coração. Fala sobre as coisas que costumam fazer você sintonizar a frequência do seu riso mais gostoso. Fala sobre os sonhos que mantêm o frescor, por mais antigos que sejam. Fala a partir daquilo em você que não desaprendeu o caminho das delícias. Do pedaço de doçura que não foi maculado. Da porção amorosa que saiu ilesa à própria indelicadeza e à alheia. A partir daquilo em você que continuou a acreditar na ternura, a se encantar e a se desprevenir, apesar de tantos apesares. Conta sobre as receitas que lhe dão água na boca. Sobre o que gosta de fazer para se divertir. Conta se você reza antes de adormecer.

Hoje, me fala de você. Dos momentos em que a vida lhe doeu tanto que você achou que não iria aguentar. Fala das músicas que compõem a sua trilha sonora. Dos poemas que você poderia ter escrito, de tanto que traduzem a sua alma. Senta perto de mim e mesmo que estejamos rodeados por buzinas, gente apressada, perigos iminentes, faz de conta que a gente está conversando no quintal de casa, descascando uma laranja, os pés descalços, sem nenhum compromisso chato à nossa espera. A gente já brincou tanto de faz-de-conta quando era criança, onde foi que a gente esqueceu como se chega a esse lugar de inocência? Fala da lua que você admirou outra noite dessas, no céu. Da borboleta que lhe chamou à atenção por tanta beleza, abraçada a alguma flor, como se existisse apenas aquele abraço. Diz se quando você acorda ainda ouve passarinhos, mesmo que não possa identificar de onde vem o canto. Diz se a sua mãe cantava para fazer você dormir.

Senta perto e me conta o que você sentiu quando viu o mar pela primeira vez e o que sente quando olha pra ele, tantas vezes depois. Se tinha jardim na casa da sua infância, me diz que flores riam por lá. Conta há quanto tempo não vê uma joaninha. Se tinha algum apelido na escola. Se consegue se imaginar bem velhinho. Fala da sua família, a de origem ou a que formou. Das pessoas que não têm o seu sobrenome, mas são familiares pra sua alma. Fala de quem passou pela sua vida e nem sabe o quanto foi importante. Daqueles que sabem e você nem consegue dizer o tamanho que têm de verdade. Fala daquele animal de estimação que deitava junto aos seus pés, solidário, quando você estava triste. Diz o que vai ser bacana encontrar quando, bem lá na frente, olhar para o caminho que fez no mundo, em retrospectiva.

Podemos falar abobrinhas, desde que sejam temperadas com riso, esse tempero que faz tanto bem. A gente pode rir dos tombos que você levou na rua e daqueles que levou na vida, dos quais a gente somente consegue rir muito depois, quando consegue. A gente pode rir das suas maluquices românticas. Das maiores encrencas que já arrumou. Das ciladas que armaram para você e, antes de entender que eram ciladas, chegou até a agradecer por elas. De quando descobriu como são feitos os bebês. A gente pode rir dos cárceres onde se prendeu e levou um tempo imenso pra descobrir que as chaves estavam com você o tempo todo. Das vezes em que se sentiu completamente nu diante de um Maracanã, tamanha vergonha, como se todos os olhos do mundo estivessem voltados na sua direção. Das mentiras que contou e acreditaram com facilidade. Das verdades que disse e ninguém levou a sério.

Não precisa ter pauta, seguir roteiro, deixa a conversa acontecer de improviso, uma lembrança puxando a outra pela mão, mas conta de você e deixa eu lhe contar de mim. Dessas coisas. De outras parecidas. Ouve também com os olhos. Escuta o que eu digo quando nem digo nada: a boca é o que menos fala no corpo. Não antecipe as minhas palavras. Não seja impaciente com o meu tempo de dizer. Não me pergunte coisas que vão fazer a minha razão se arrumar toda para responder. Uma conversa sem vaidade, ninguém quer saber qual história é a mais feliz ou a mais desditosa.
Hoje eu quero conversar com um amigo pra falar também sobre as coisas bacanas da vida. As miudezas dela. A grandeza dela. A roda-gigante que ela é, mesmo quando a gente vive como se estivesse convencido de que ela é trem-fantasma o tempo inteiro. Um amigo pra falar de coisas sensíveis. Do quanto o ser humano pode ser também bondoso, honesto, afetuoso, divertido e outras belezas. Dos lugares onde nossos olhos já pousaram e daqueles onde pousam agora. Um amigo para conversar horas adentro, com leveza, de coisas muito simples, como a gente já fez mais amiúde e parece ter desaprendido como faz. Um amigo para se conversar com o coração.

E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.

Por Ana Jácomo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Pedido de demissão!

 
Encontrei por acaso este texto,e senti algo muito forte em meu coração, por vê-lo tão espelhado em meu estado de espírito,sentia tudo isso em meu íntimo e o encontrei, ao lê-lo tive a ligeira sensação de que ele foi feito para mim......










    Pedido de demissão!


Venho por meio deste, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos no máximo.

Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.
Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantada com as  pequenas maravilhas deste mundo.

Quero de volta uma vida simples e sem complicações.
Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe.

Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigada a dizer adeus ás pessoas queridas e, com elas, à uma parte da minha vida.

Quero ter a certeza de que Deus está no céu e de que, por isso, tudo está direitinho nesse mundo.
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel, que vou navegar numa poça deixada pela chuva. 

Quero ficar em um balanço em baixo de uma ávore, a mais bonita que eu encontra e ficar por lá mesmo.



Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.
Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.


Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira  ficar pretinha de frutas.
Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar  e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.

Quero que as maiores competições  em que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada.
Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce..." e a "Ave Maria"  e que isso não me incomodava nadinha,  porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.


Quero voltar ao tempo em que se é feliz,  simplesmente porque se vive  na bendita ignorância da existência de coisas, que podem nos preocupar ou aborrecer.
Quero acreditar no poder dos sorrisos,  dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos,  da imaginação, dos castelos no ar e na areia, e em minhas mãos.






Quero estar convencida de que tudo isso...  vale muito mais do que o dinheiro!



Por isso, tomem aqui as chaves, a lista do super mercado, as receitas do médico,os cartões de crédito,os crachás de identificação,o pacotão de contas a pagar, a declaração de renda, a declaração de bens, as senhas do meu computador e das contas no banco, e resolvam as coisas do jeito que quiserem.


 Peguem aí meu coração também.




A partir de hoje, isso é com vocês,  porque eu estou me demitindo da vida de adulta.






Um texto belíssimo de Conceição Trucom.

Algumas partes foram por mim modificadas. Se te sentes lesado, por favor avisa. Serão de imediato retiradas.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Espero-te!!!!!




Eu posso esperar-te por quase uma vida toda, posso aguardar sua vinda, até que meu coração não se canse de sonhar, com seus beijos e abraços a me aconchegarem,a arrancar meus suspiros, a prender o meu fôlego. Mesmo estando tão longe, posso querer-te sempre, até que não sinta falta de um abrigo, de atenção,de carinho no meio da noite, do dia, posso respeitar a distância até que meu coração queira e não implore por sua presença....

Sim, poosso esperar-te até que meu amor não exija lábios, pele, corpo com corpo, coração bem perto do meu, alma com alma, ser com ser, até que meu amor não exija amor....
Então acho que posso esperar-te, enquanto posso, enquanto queira, enquanto minha alma e meu ser suportarem a angústia que é ter de esperar um amor retornar....




Lúria Stael


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pessoas inteligentes não fazem barulho, silenciam!!!



Gosto bastante deste texto e concordo plenamente com a verdade expressa nesta pequena história....
E por acreditar nesta verdade, resolvi dividir com vocês, para que aprendamos juntos sobre silenciar, para então quando for a hora de falar, que saiam palavras sábias de nossas bocas.

Eis o texto:


Pessoas inteligentes não fazem barulho, silenciam!!!

Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.
Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia.... 
Perguntei ao meu pai: - Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho.
 Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
- Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

"Q''QUANTO MAIS VAZIA A CARROÇA, MAIOR É O SEU BARULHO.''
 


 Como é difícil neste mundo tão barulhento pararmos para ouvir não é verdade?
É mais fácil sair falando tudo que vier na cabeça, magoando as pessoa, ultrapassando a linha
do respeito, falando mais alto até mesmo, para chamar a atenção dos demais, afinal de contas, é nisso que vivemos,em um ''mundo de falastrões'', é isso que a sociedade nos impõe, e como somos tão obedientes, fazemos exatamente o que ela nos solicita, ou melhor dizendo nos ''obriga''...
Precisamos aprender sobre a sabedoria do silêncio. Até lembrei-me de uma tão sábia frase de Santa Tereza d’ Ávila que diz:
“Você não precisa ir ao Céu para ver Deus, nem precisa falar alto, como se Deus estivesse distante; nem precisa chorar para adiquirir asas, como uma pomba para ir até ele. Basta ficar em silêncio, e encontrarás Deus dentro de você mesmo”.
Fique apenas em silêncio. Nada mais é necessário. O silêncio na hora certa, evita sangramentos emocionais depois, nos torna sábios, nos faz interiorizar com mais clareza os assuntos, absorver com mais brandura, por mais injúrias contra vós, estejas ouvindo, silencia. Concerteza após este silencio,  após ouvir as ofensas que estão a lhe falar, virão suas palavras, mas com um toque especial: elas brotarão do mais intimo de seu coração...

 Faça! Experimente silenciar, ouvir a voz sábia de Deus, e diante dos momentos mais complicados de sua vida, saberás o que fazer, o que falar, que decisões tomar, saberás perdoar os mais injustos atos que se puseram contra vós!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A implosão da mentira!!!!!


Em algumas leituras vi esse poema e achei bem interessante, foi publicado em diversos jornais em 1980. E apesar do tempo decorrido, face aos acontecimentos políticos que já temos visto nesses últimos tempos, ele permanece atualíssimo. Interessante que ele se refere ao período ditatorial da época, e mesmo assim não deixa de fazer parte de nosso cenário atual.










A implosão da mentira
Affonso Romano de Sant'Anna

Fragmento 1

               Mentiram-me.Mentiram-me ontem
               e hoje mentem novamente. Mentem
               de corpo e alma, completamente.
               E mentem de maneira tão pungente
               que acho que mentem sinceramente.

               Mentem, sobretudo, impune/mente.
               Não mentem tristes. Alegremente
               mentem. Mentem tão nacional/mente
               que acham que mentindo história afora
               vão enganar a morte eterna/mente.

               Mentem.Mentem e calam. Mas suas frases
               falam. E desfilam de tal modo nuas
               que mesmo um cego pode ver
               a verdade em trapos pelas ruas.

               Sei que a verdade é difícil
               e para alguns é cara e escura.
               Mas não se chega à verdade
               pela mentira, nem à democracia
               pela ditadura.

Fragmento 2

               Evidente/mente a crer
               nos que me mentem
               uma flor nasceu em Hiroshima
               e em Auschwitz havia um circo
               permanente.

               Mentem. Mentem caricatural-
               mente.
               Mentem como a careca
               mente ao pente,
               mentem como a dentadura
               mente ao dente,
               mentem como a carroça
               à besta em frente,
               mentem como a doença
               ao doente,
               mentem clara/mente
               como o espelho transparente.
               Mentem deslavadamente,
               como nenhuma lavadeira mente
               ao ver a nódoa sobre o linho. Mentem
               com a cara limpa e nas mãos
               o sangue quente. Mentem
               ardente/mente como um doente
               em seus instantes de febre.Mentem
               fabulosa/mente como o caçador que quer passar
               gato por lebre.E nessa trilha de mentiras
               a caça é que caça o caçador,
               com a armadilha.
               E assim cada qual
               mente industrial?mente,
               mente partidária?mente,
               mente incivil?mente,
               mente tropical?mente,
               mente incontinente?mente,
               mente hereditária?mente,
               mente, mente, mente.
               E de tanto mentir tão brava/mente
               constroem um país
               de mentira —diária/mente.


Este poema possui 5 fragmentos, vc poderá estar vendo este poema completo, entre outras magníficas obras, e conhecer melhor este tão grande autor, visitando:  Biografias


Espero que se divirtam com as gostosas leituras.....





quinta-feira, 30 de setembro de 2010

''Deus perdoa sempre, o homem às vezes, a natureza nunca.''


AS FORÇAS DA NATUREZA
João Nogueira / Paulo César Pinheiro


Quando o sol
se derramar em toda sua essência.
Desafiando o poder da ciência
pra combater o mal.




E o mar
com suas águas bravias.
Levar consigo o pó dos nossos dias.
Vai ser um bom sinal.




Os palácios vão desabar.
Sob a força de um temporal.
E os ventos vão sufocar
num barulho infernal.



Os homens vão se rebelar.
Dessa farsa descomunal.
Vai voltar tudo ao seu lugar
Afinal.

Vai resplandecer!
Uma chuva de prata do céu vai descer.
O esplendor da mata vai renascer.
E o ar de novo vai ser natural.
Vai florir.
Cada grande cidade o mato vai cobrir.
Das ruínas um novo povo vai surgir.E vai cantar afinal.

As pragas e as ervas daninhas.
As armas e os homens do mal,
vão desaparecer nas cinzas de um carnaval!!!!!!!!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Amar talvez seja isso...

Amar talvez seja isso...
Descobrir o que outro fala mesmo quando ele não diz.


Dos relacionamentos que vc já teve, quais foram as ocasiões em que 
verdadeiramente vc foi modificado para melhor?
Será que vc é a lembrança doida na vida de alguém?
Será que vc já construiu cativeiros? 
Ou será que já viveu em algum?
Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a
oportunidade de encontrar situações e as pessoas certas?
Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas.
Perguntar-se é uma maneira interessante de se descobrir como pessoa, pois as
perguntas são pontes que nos favorecem travessias.

Padre Fábio de Melo

sábado, 28 de agosto de 2010

É do ser humano..






É do ser humano sentir dúvidas, ficar sem saber o que fazer, diante do sentimento sentido, ou do sentimento não sentido,mas é também do ser humano dar-se as oportunidades que a vida oferece, é do ser humano saber esperar o coração nos dar a verdadeira resposta, aquela que realmente nos serve.
É do ser humano não sentir prazer, não amar, não sentir-se bem com certas pessoas, mesmo sabendo que essas pessoas nos amam de verdade, mas também é do ser humano, dar-nos uma chance, e a quem nos ama.
É do ser humano ter coragem de tentar algo novo, mesmo sabendo que poderá não ter um final feliz. É do ser humano buscar a felicidade, onde parece ter nem um rastro sequer dela,é do ser humano encontrar o mais belo sentimento no mais intenso desamor.
É do ser humano ver o que não se ostenta, encontrar o que não estava perdido, sentir o que não se deve sentir, amar quem não se deve amar, esperar quem talvez nunca voltará. Acreditar no que não se vê,sonhar com o impossível, voar sem ter asas,sentir o coração pulsar por alguém, chorar por frustração, chorar de alegria ou de tristeza. Voar por entre as nuvens dos sonhos, viver pensando no futuro, no passado, esquecer o presente, viver reclamando do que tem e do que não tem, ser feliz, ser triste.
Ignorar a vida, e a presença de Deus, destruir o seu próprio mundo e colocar culpa nos outros, criar o que parecia impossível, curar....
O ser humano entra em guerra constantemente com suas próprias criações, com seus próprios sentimentos, é um paradoxo sem fim, que quanto mais tem, mais quer ter, buscar,procurar,dar nome a tudo e todos,procurar razões, soluções,acabar com o próprio ser, se superar...
Para o ser humano nada está bom, nada está em ordem. O ser humano era um ser perfeito e acabou por se refazer da mais suprema imperfeição!



Lúria Stael

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A elegância do comportamento!


Dividindo com vocês um texto de Marta Medeiros, no qual 
amo e me identifico muito, realmente a elegância do comportamento, aquela que vem do berço é imprescindivel, e incomparável.....
A educação hoje está deixando a desejar, principalmente nesta parte, na elegancia de tratar bem as pessoas, aquela atenção, que está muito além de um obrigada e de um desculpe-me, e que todos merecem recebê-la independentemente de ser os mais ''bonitos'', ''ricos'', ''educados'', ou os que ao gosto de muitos merecem o mesmo tratamento, ser educado é levar o bom comportamento, e saber tratar da melhor maneira possível, todos que merecem e não merecem o mesmo...



JEITO DE SER....
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja
cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está. Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo,
a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que com amigo não tem que ter estas frescuras. Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la. Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.

Marta Medeiros

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O que é o amor?


Recebi isto por e-mail e resolvi dividir com vocês, pois achei muito interessante e muito lindo.
Esta foi uma pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia com um grupo de crianças de 4 a 8 anos.




Muito temos que aprender com as crianças,  principalmente sobre o amor....

Vamos lá então....

Respostas:

1 - "Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito magoado, não grita, porque sabe que isso fere seus sentimentos" - Mathew, 6 anos
2- "Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô, desde então, pinta as unhas para ela. Mesmo quando ele tem artrite" - Rebecca, 8 anos
3 - "Eu sei que minha irmã mais velha me ama, porque ela me dá todas as suas roupas velhas e tem que sair para comprar outras" - Lauren, 4 anos
4 - "Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, mesmo se conhecendo há muito tempo" - Tommy, 6 anos
5 - "Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente" - Billy, 4 anos
6 - "Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela" - Chrissy, 6 anos
7 - "Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes, para ter certeza que está do gosto dele" - Danny, 6 anos
8 - "Amor é o que está com a gente no natal, quando você para de abrir os presentes e o escuta" - Bobby, 5 anos
9 - "Se você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo que você não gosta. - Nikka 6 anos.
10 - "Quando você fala para alguém algo ruim sobre você mesmo e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disso, aí você se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda" - Samantha , 7 anos
11 - "Há dois tipos de amor, o nosso amor e o amor de deus, mas o amor de Deus junta os dois" - Jenny, 4 anos
12 - "Amor é quando mamãe vê o papai suado e mal cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford" - Chris, 8 anos
13 - "Durante minha apresentação de piano, eu vi meu pai na platéia me acenando e sorrindo. Era a única pessoa fazendo isso e eu não sentia medo" - Cindy, 8 anos
14 - "Não deveríamos dizer eu te amo a não ser quando realmente o sintamos. e se sentimos, então deveríamos expressá-lo muitas vezes. As pessoas esquecem de dizê-lo" - Jessica, 8 anos
15 - "Amor é se abraçar, amor é se beijar, amor é dizer não" - Patty, 8 anos
16 - "Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro" - Mary Ann, 4 anos
17 - "Deus poderia ter dito palavras mágicas para que os pregos caíssem do crucifixo, mas ele não disse isso. Isso é amor" - Max, 5 anos".

''Para que você possa viver o amor não é preciso procurar muito, ele está nas pequenas coisas... Apenas ame como criança, e será muito feliz.''

O amor não necessita de complementos grandiosos, ele já é grandioso, basta o dar....(Lúria Stael)


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dos medos




E de tantos medos, o meu único desejo
é de não sentir medo...


Medo de amar e se decepcionar, medo de viver, de morrer. 
Medo de perder, e medo de arriscar. 
Medo de ser infeliz, de sentir o belo,de sentir o feio. 


Medo da solidão, medo de ninguém nos estender a mão.
Medo de nós mesmos, de ver nossa imagem envelhecida, 
reflectida na mágica dos espelhos.


Medo de fugir, de ficar, medo de sair e de voltar.
Medo de não conseguir o desejado, medo de não ser amado.

Medo de crer que nada é impossível.
Medo de tentar enxergar o que não está aos nossos olhos visível. 


Medo de sorrir, e de entristecer por dias sem fim,medo de mudar, de sair da rotina, medo de sumir.
Medo de festa, e da calmaria, medo da incerteza do outro dia.
Medo de fazer, mesmo sabendo como deve ser feito.  
Medo do coração explodir no peito, de tanto medo.

Medo de palavras não ter, medo de não poder
tornar-se o que tanto deseja ser.
Medo da solidão dos dias vazios, medo de ninguém e
de nada os poder preencher.


Medo da violência, do sofrimento, de injúrias.
Medo de ter do amor apenas as juras.
Medo de criticas, de elogios, medo da verdade.
Medo de mentiras, medo até de Deus e medo da falsidade.


Medo do medo, e até de não sentir medo.
Medo de fazer, de ver tudo e só nos restar o medo. 


Lúria Stael   

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Lei do caminhão de lixo.





Como é difícil, amarmos aqueles que sabemos que nos odeiam, como é difícil, tratarmos bem, aqueles que nem um bom dia nos dão.....
Muitas vezes essas pessoas agem assim, para tentarem, tirar um peso, que elas levam no coração, e por tantas vezes, somos vitimas das feridas dos outros, não é mesmo?
As vezes até amigos nossos, descarregam todo o seu sofrimento, suas carências, todo o seu desamor, toda a sua angustia, em cima da gente, da pior maneira possível, é nessa hora que devemos tentar receber, de uma forma totalmente inesperada por eles, devemos nessa hora deixarmos todo o lixo que nos jogam, passar, não devemos guardar, nem revidar, muitas vezes essas pessoas, estavam precisando daquele desabafo, precisavam jogar todo aquele lixo, que se instalava no peito deles, fora...Naquele momento fomos úteis...lembrei-me deste texto que recebi por e-mail, que achei muito verdadeiro, e chegou em um momento que eu estava a precisar, passei por um caso parecido...
O coloco para que aprendamos a não revidar, a não receber da mesma maneira o lixo que nos jogam, que o coloquemos no lugar certo, no lixo, e não o deixemos penetrar em nossa emoção, que não deixemos que abale nosso ser, para que aprendamos a aceitar que muitas vezes vamos ser necessários para alguém, então precisaremos limpos estar. E lembre-se: você só pode dar aos outros, aquilo que você tem, aquilo que você guarda em seu coração, se só tem ódio, é isso que passará aos demais...
Agora o leiam, e escolham, se irão guardar o lixo que lhe jogam ou se irão colocá-lo no lugar devido. 
 
''Lei do Caminhão de Lixo.

Um dia peguei um táxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa
quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.
O taxista pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz! O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente. Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara,
fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigável.
Indignado lhe perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase
arruína o seu carro e nos manda para o hospital!'
Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo de :
"A Lei do Caminhão de Lixo."
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Isto não é problema seu! Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas. Fique tranquilo... respire e deixe o lixeiro
passar.
O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de
lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta, não leve lixo. Limpe
os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais,
ódio e frustrações. Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem. A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!''




 
Entregue aquilo que tens de mais precioso e belo em seu coração, mesmo que não mereçam, mesmo que não lhe tenham feito o mesmo....isso é amor!







sexta-feira, 9 de julho de 2010

Faltaram-me as palavras....





Ele disse-me: desejo-te toda a felicidade que seu coração possa suportar e até mais...te amo.... 
E li novamente, várias vezes fiquei a fitar a mensagem, mas respostas não saiam, o silencio roubou minhas palavras, naquele instante, quis ar, quis falar, minha alma quis sair, mas nada pude balbuciar, nada pude arrancar de mim.


Um engasgo abateu-me, o amor calou-me.... 
O silencio revelou meu mais profundo sentimento, nada poderia ser dito, nada poderia ser pronunciado: palavras, gestos, sorrisos, lágrimas, nada de encejos... Ocorreu-me por uma fração de segundo, um êxtase,
uma louca vontade de ir procura-lo e dele arrancar os mais intensos beijos.

Sonhei em flutuar, elevar os meus pés, e derrepente arrebatar seu espírito, e com tanta ânsia, com tanta sede, trazê-lo para estar comigo. E com este desejo que exalava de meu coração, tornei a esperar, por palavras, talvez por ações, talvez quisesse eu, entregar-me aquele momento, majestoso, que de certo, por muito não o tenha de novo.

O amor faz-nos bobos sentir, e por mais que tentemos perjurar, fugir, o coração anseia ficar, amar, entregar-se as mais sublimes loucuras. Queria eu poder dizer-te o que realmente sinto, mais traduções para meus sentimentos, estes tão intensos, ainda não existem. Só tenho a dizer-te que por mais que tente sumir, de meu coração não mais poderá sair.


Lúria Stael

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Será loucura minha?


Sinto-me assim: perdida, aflita, como se algo me faltasse.
Olho em volta e só vejo bagunça, confusão, o que 
está acontecendo comigo, Deus o que há com meu coração?
 


Vejo-me assim: querendo voltar, e ao mesmo tempo querendo fugir,
jogar tudo pro alto e sumir.... 
Sumir pra longe, lá onde ninguém possa estar a me perturbar, quero paz, tranquilidade, e ao mesmo tempo quero festa, fugir da calmaria, da mesmice de meus dias....


Quero um não querer
quero ser o que não posso ver.
Quero poder ter asas e voar, quero liberdade, e ao mesmo tempo quero prisão. 
Quero acorrentar-me, e pagar por meus pecados...
Quero a espada a adentrar-me o peito, e ao mesmo tempo quero que parem os meus açoites, e vejam-me com olhos puros os malvados.




Prefiro a loucura, à sanidade, quero o mais perfeito sentimento, quero o amor.
Prefiro o perdão, ao rancor, só quero viver bem, mesmo na minha mais infeliz realidade.


Apenas paradoxos da vida, fácil é ver tudo como nos é exposto, mas quero ver o que está além da maldade. 
Quero ver além do corpo, e da face das pessoas, quero enxergar as almas, quero sentir o coração pulsar em minhas mãos, de alguns gestos e actos, quero compreender as verdadeiras razões...

http://lh5.ggpht.com/_58Flg_AcEks/SYji9-hhujI/AAAAAAAADUI/4-Nm5PZjxGI/s400/Li-12.pngLúria Stael   http://lh5.ggpht.com/_58Flg_AcEks/SYji9-hhujI/AAAAAAAADUI/4-Nm5PZjxGI/s400/Li-12.png
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 

Coração a mostra! Copyright © 2010 | Designed by: Compartidisimo