segunda-feira, 30 de abril de 2012

Certezas






Nossa maior busca é a certeza...
Buscamos sempre essa confirmação em tudo, em todos, em nós. 
No amor, precisamos ter certeza de que amamos, de que somos e seremos amados. 
Na amizade precisamos da certeza de que somos de verdade amigos, de que o outro nos amparará quando precisarmos de um ombro, de uma palavra, de um levantar, ou mesmo de um tapinha nas costas, que estará conosco nos dias alegres e tristes, de calor e de frio, na palavra e no silêncio...


Precisamos da certeza de que o outro será melhor que a nossa solidão, ou nossa própria companhia, que nos preencherá de alguma forma. 
Precisamos da certeza de que ao primeiro olhar não seremos traídos, para confiarmos totalmente em alguém.
Precisamos da certeza até para nos lançarmos em direção ao risco, nos enganamos pensando que nos lançando neste caminho, estaremos indo sem certeza alguma. Não mesmo, caminhamos na certeza de que algo melhor teremos, pelo menos comparado ao que temos, ou que nada perderemos ao arriscarmos.
O risco nos leva a alguma certeza, nos trás a ação do que pensamos.


Precisamos das certezas precisas dos relógios, do pulsar de nosso coração, do sabor que estamos degustando, do que estamos vendo, ou não vendo. 
Precisamos da certeza do medo, da dor, do sorriso de felicidade, da mentira, da verdade que acalma. Precisamos pra dormir da certeza que iremos acordar, talvez piores, mas que iremos ver o ceu tão lindo, mais uma vez.
Do feito, que seremos recompensados, mesmo inconscientemente.
Precisamos da certeza que iremos morrer, para amarmos e valorizarmos mais a vida, para vivermos intensamente cada segundo, até o último respirar.


Poderia escrever tantas certezas que precisamos, tantos sinais positivos e até negativos que fazem com que cresçamos, ou não, que nos fazem abrir sorrisos, derramar tantas lágrimas, desejar, voltar, desistir, que nos fazem querer ir, ficar, aprender, sonhar...
Tantas certezas verbalizadas e rimadas, tragadas por nós, desejadas, amadas e tantas outras odiadas, mas tão necessárias, porém, em meio a essa imensidão, existem aquelas certezas que não precisamos para nada, que são indispensáveis, estas são as falsas certezas, as nuas...


Lúria Stael



Pequenezas




Os pequenos gestos de ternura é que encantam e preenchem minha alma.
As pequenas linhas escritas, é que afugentam as coisas ruins que espalham-se.
As palavras simples, calmas, tranquilas, é que me fazem querer acreditar nas pessoas, me fazem enxergar sentimentos.
O silêncio que entoa uma oração vinda da alma, a força das mãos unidas por uma flor, por um beijo de reconciliação, é que adorna meu ser.
A beleza da poesia sem regras, dos versos que se estendem como véus na simplicidade, é que iluminam meus olhos, meu espirito...
A menor doação de amor, é que me trás paz, alegria, é que fortalece o meu crer...
O meu contentamento depende das pequenezas intensas que sinto, que vejo e que faço...



Lúria Stael






sábado, 28 de abril de 2012

Infindável




Falam-me que escrevo em ''demasia sobre o amor''...
 Sim, escrevo e sempre escreverei, por que sou toda a intensidade dele, fui criada, zelada, esculpida, compôs-me, rebrotou-me o amor...
E mesmo quando minhas mãos não quiserem me acompanhar, serão meus pés que escreverão sobre os sentimentos mais profundos...
Infindável será meu escrever.

Lúria Stael





sexta-feira, 20 de abril de 2012

Do sentir de dentro




Quando o amor chega, nada por fora importa mais que o sentir de dentro...

 
Lúria Stael

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A pele em que habito




A pele em que verdadeiramente habito, está muito além da que você consegue enxergar com os seus olhos da face...


Lúria Stael

terça-feira, 17 de abril de 2012

Quisera poder



Quisera saber cantar como passarinhos
Felizes por terem seus ninhos
Sorrir como a chuva a lavar o mundo
Correr atrás dos sonhos como se fossem tudo

Quisera ser como a mais bela árvore frondosa
Cheias de tantos detalhes, ser pra sempre uma surpresa
Como a cada dia trás o sol, a iluminar as flores
Que nos presenteia em todo nascer, com os mais sublimes odores

Quisera poder ter asas como de um falcão
Para sair por aí a voar, distribuindo afeição
Onde não há mais amor, nem sonhos, nem cantos
E tornar os passantes mais risonhos, mais de sorrisos tontos

Quisera poder, poder enfeitar o mundo...




Lúria Stael



terça-feira, 3 de abril de 2012

Palavras nuas




Há dias que não quero vestir minhas palavras
Prefiro vê-las nuas, de significado, de concordância
Prefiro senti-las simples, e ao mesmo tempo envoltos de intensidade


Há dias que só quero despir-me das regras
Das melodias feitas com seus acordes perfeitos
Das poesias cheias de rimas corretas


Há dias que só quero a imprecisão dos sons
Dos sonhos, das palavras, do silêncio, dos sentimentos
Quero apenas o direito de sorrir de minhas insanidades gritadas


Há dias que só quero o toque nas horas em que menos espero
A companhia quando nada mais tenho
A beleza dos pequenos gestos, quando só tenho a solidão.


Lúria Stael


Dúvidas de dentro, de fora






Duvido é daqueles que falam muito de si, 
e esquecem de parar para ouvir o outro, estes sim são os egoístas.

Duvido dos que mostram-se alheios aos problemas da humanidade, 
por estarem distantes a eles, estes são os que tiram-nos o significado real de ser humano.

Duvido dos que chegam falando mal dos outros, estes são os falsos, estes são os que destroem a 
beleza das palavras edificadoras e da língua em seus pontos brilhantes.

Duvido dos homens que só enxergam e valorizam mais que qualquer coisa, a beleza exterior, estes são os que traem seus amores, estes são os infiéis.

Duvido dos que só sabem olhar o que está a mostra, estes são os insensíveis, os que matam a intensidade.

Duvido dos que se dizem ateus, céticos, e se maravilham com a própria existência, estes são os enganadores, tristes de alma, que espalham as sensações de solidão.

Duvido dos que se mostram sempre bem e sorridentes, estes são os os mais perfeitos na arte de fantasiar, mentir, enganar, esconder, aprisionar.

Duvido dos que consideram tudo uma impossibilidade, estes são os que espalham a desesperança.

Duvido dos que usam álibis à suas palavras malditas, estes são os covardes.

Duvido dos que pregam somente a favor de sua igreja e criticam as outras religiões, colocam regras a serem cumpridas e eles mesmos não cumprem, estes são os hipócritas.

Duvido dos que reclamam o tempo todo de suas vidas, estes são os ingratos.

Duvido dos que só defendem aqueles mais próximos, estes são os que espalham iniquidade.

Duvido dos que não ouvem os gritos que muitos silêncios expulsam, estes são os verdadeiros surdos e insensíveis.

Duvido...

Duvido de tantas coisas, e é ao duvidar de cada uma dessas coisas, 
que consigo a verdade, que consigo até me descobrir.

Duvido...


Lúria Stael



Do tragar dos olhos





 Tantas vezes sou tragada pelos olhos que observo...


  Lúria Stael








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